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31/05/2009

Amor dá Asas



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A força de um Homem



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Deus e Huxley





SER – Deus existe. Esse é o fato primordial. É com a condição de que possamos descobri-lo sozinhos, por experiência própria, que nós também existimos. A finalidade e o propósito de cada ser humano é o conhecimento unitivo de Deus.Qual é a natureza da existência de Deus? A invocação na oração Pai Nosso nos responde: “pai nosso que estais no céu”. Deus existe e é nosso, imanente em cada ser sensível, a vida de todas as vidas, o espírito que anima cada alma. Mas isso não é tudo. Deus é também o Criador transcendente e Doador da Lei, o Pai que ama e, porque ama, também educa suas crianças. Finalmente, Deus está “no céu”. O que significa ser ele possuidor de um modo de ser incomensurável com o dos seres humanos em suas condições naturais, não-espiritualizadas. Sendo Deus nosso e imanente, está muito próximo de nós, mas, estando Ele também nos céu, a maioria de nós está muito distante Dele. É por meio da prece que os homens que os homens chegam ao conhecimento profundo de Deus. Mas uma vida de preces é também uma vida de mortificações, de morte do “eu”. E não poderia ser de outra forma, pois quanto mais espaço houver para o “eu”, menos haverá para Deus. Nosso orgulho, nossa ansiedade, nossa cobiça pelo poder e pelo prazer são coisas que encobrem Deus. Como também o ambicioso apego a certas criaturas, considerado muitas vezes uma ausência de egoísmo, mas que deveria ser chamado de não altruísmo, e sim de alter-egoísmo. Qualquer serviço de aparente auto-sacrifício prestado a qualquer causa ou ideal que se afaste do divino esconde um pouco Deus. Tal serviço é sempre idolatria e torna impossível o culto a Deus como deve ser, bem como seu conhecimento. O reino de Deus não pode aproximar-se, a menos que comecemos a afastar nossos reinos humanos. Não somente os reinos loucos e obviamente maléficos, como também os respeitáveis –os dos escribas e fariseus, dos bons cidadãos e pilares da sociedade, não menos do que os dos homens de negócios e pecadores. A existência de Deus não pode ser percebida por nós se optamos por prestar nossa atenção e oferecer nossa fidelidade a alguma outra coisa, por mais respeitável que essa coisa possa parecer aos olhos do mundo.







BELEZA – A beleza surge quando as partes de um todo estão relacionadas entre si e com a totalidade de forma que a apreendemos de maneira ordenada e significativa. Mas a origem primária da ordem é Deus, e Deus é o significado definitivo e mais profundo de tudo que existe. Deus, então, está manifesto no relacionamento que embeleza as coisas. Ele reside naquele adorável intervalo que harmoniza os eventos em todos os planos, onde descobrimos a beleza. Nós O apreendemos nas plenitudes e vazios alternados de uma catedral; nos espaços que separam as características proeminentes de um quadro; na geometria viva de uma flor, de uma concha do mar, de um animal; nas pausas e intervalos entre as notas musicais, em suas diferenças de tom e sonoridade; e, finalmente, no plano de conduta, no amor e gentileza, na confiança e na humildade que embelezam as relações entre os seres humanos.Essa é, então, a beleza de Deus, como a apreendemos na esfera da criação. Mas é possível para nós também apreendê-la, pelo menos de alguma forma, pelo que realmente é. A visão beatífica da beleza divina é o conhecimento, por assim dizer, do Intervalo Puro, do harmonioso relacionamento, independente do que estiver relacionado. Uma feição material da beleza-em-si-mesma seria o entardecer do céu sem nuvens, que achamos inexprimivelmente belo, muito embora sem possuir qualquer arranjo preconcebido, pois não se distinguem nele quaisquer partes a serem harmonizadas. Nós o achamos belo porque é um emblema da Clara Luz Infinita do Vazio. Chegamos ao conhecimento desse intervalo puro somente quando tivermos aprendido a mortificar o apego às criaturas, e, acima de tudo, a nós mesmos.A feiúra moral surge quando a auto-afirmação destrói o relacionamento harmonioso que deveria existir entre os seres sensíveis. Analogamente, a feiúra estética intelectual surge quando uma parte de um todo é excessiva ou deficiente. A ordem é perturbada, o significado distorcido, e, conseqüentemente, a relação divina entre coisas ou pensamentos é, então, substituída por uma relação errônea – um relacionamento que manifesta simbolicamente não a imanente e transcendente fonte de toda a beleza, mas a caótica desordem que caracteriza as criaturas quando tentam viver independentemente de Deus.



AMOR - Deus é Amor, e há momentos abençoados quando, mesmo aos seres humanos pecaminosos, é concedido conhecê-Lo como Amor. Mas é somente nos santos que este conhecimento se torna seguro e contínuo. Por quem ainda está nos primeiros estágios da vida espiritual, Deus é apreendido predominantemente como Lei. É por meio da obediência ao Deus doador da lei que finalmente chegamos a conhecer o Deus Pai AmantíssimoA lei que devemos obedecer, se quisermos conhecer Deus como Amor, é, ela própria, uma lei de amor. “Tu amarás a Deus com toda tua alma, e com todo teu coração, com toda a tua mente e com toda a tua força. E tu amarás a teu próximo como a ti mesmo.” Não podemos amar a Deus como deveríamos a menos que amemos o próximo como devemos. Não podemos amar nosso próximo como deveríamos a menos que amemos Deus como devemos. E, finalmente, não podemos imaginar Deus como o princípio do amor ativo e Todo-Poderoso enquanto não tivermos aprendido a amá-lo e a nosso próximo.A idolatria consiste em amarmos uma criatura mais do que amamos a Deus, há muitas espécies de idolatria, mas todas têm em comum a auto-estima. A presença da auto-estima é óbvia nas formas mais grosseiras de indulgência sensual ou na busca da riqueza, poder e glória. De forma menos aparente, mas não menos perniciosa, ela está presente em nossas desordenadas afeições por indivíduos, pessoas, lugares, coisas e instituições. E, mesmo nos mais heróicos sacrifícios dos homens por grandes causas e nobres ideais, a auto-estima tem seu trágico lugar. Pois quando nos sacrificamos por qualquer causa ou ideal que seja inferior ao mais elevado, menor do que o próprio Deus, estamos meramente sacrificando parte de nosso ser pecaminoso em prol de outra parte nossa, que nós mesmos e os outros consideram mais confiável. A auto-estima ainda persiste, ainda nos impede de obedecer perfeitamente ao primeiro dos dois grandes mandamentos. Deus só pode ser perfeitamente amado por aqueles que tenham eliminado as mais sutis e mais nobremente sublimadas formas de auto-estima. Quando isso acontece, quando amamos Deus como devemos e, portanto, quando identificamos Deus com Amor, o perturbador problema do mal deixa de ser relevante, e o mundo temporal é visto enquanto um aspecto da eternidade, de maneira inexpressiva, mas não menos real e segura, a conflitante e caótica multiplicidade da vida se reconcilia na unidade de toda caridade divina.



PAZ – Juntamente com o amor e a alegria, a paz é um dos frutos do espírito. Mas, também, uma das raízes. Em outras palavras, a paz é uma condição necessária da espiritualidade, tanto quanto seu resultado inevitável. Nas palavras de São Paulo, é a paz que mantém o coração e a mente no conhecimento e amor a Deus.Entre a paz que é a raiz e a paz que é fruto do espírito, há, entretanto, profunda diferença na qualidade. A paz raiz é algo que todos conhecemos e compreendemos, algo que, se fizermos o esforço necessário, podemos atingir. Se não a atingirmos, jamais avançaremos realmente em nosso conhecimento e Amor a Deus, jamais captaremos algo além de rápido relance daquela outra paz, fruto da espiritualidade. A paz fruto é a que ultrapassa toda compreensão, e isso é porque é a paz de Deus. Só aqueles que se tornam de alguma forma semelhantes a Deus podem esperar experimentar essa paz em sua plenitude duradoura. Inevitavelmente. No mundo das realidades espirituais, o conhecimento é sempre uma função do ser, a natureza do que experimentamos é determinada pelo que somos.Nos primeiros estágios da vida espiritual, estamos preocupados quase exclusivamente com a paz raiz e com as virtudes morais que a fazem brotar, e os vícios e fraquezas que reprimem seu crescimento. A paz interior tem muitos inimigos. No plano moral encontramos, de um lado, a cólera, a impaciência e toda espécie de violência; e, de outro lado (pois a paz é essencialmente ativa e criativa), toda espécie de inércia e indolência. No plano do sentimento, os grandes inimigos da paz são o pesar, o medo, a ansiedade e toda formidável hoste de emoções negativas. No plano do intelecto encontramos as tolas abstrações e a devassidão da curiosidade negligente. A conquistas desses inimigos, é processo bastante trabalhoso e muitas vezes doloroso, que exige incessante mortificação das tendências naturais e de quase todos hábitos humanos. Por essa razão, em nosso mundo existe tão pouca paz interior entre os indivíduos e tão pouca paz exterior entre as sociedades. Nas palavras de Imitação: “Todos os homens desejam a paz, mas poucos, na verdade, desejam as coisas que a propiciam.”



SANTIDADE (Holiness) – Whole, hale, holy (completo, vigoroso, sagrado), as três palavras derivam da mesma raiz. Etimológicamente, como de fato, santidade é saúde espiritual, e saúde significa totalidade, integridade e perfeição. A santidade de Deus é o mesmo que sua unidade; e um homem é santo na proporção que se torne sincero, imparcial e perfeito como nosso Pai, no céu, é perfeito.Por possuirmos somente um corpo, tendemos a acreditar que somos um ser. Mas, na realidade, nosso nome é legião. Em nossa condição ainda pecaminosa, somos seres divididos, com meio coração e mente dupla, criaturas com muitos temperamentos e múltiplas personalidades. E não somos divididos somente com relação a nossa condição pecaminosa; também somos incompletos. Assim como nossa alma múltipla, possuímos um espírito que é uno com o espírito universal. Potencialmente ( pois em sua condição normal ele não sabe quem é), o homem é muito mais que imagina ser. Ele não pode alcançar sua totalidade, a menos que, e quando, se dê conta de sua verdadeira natureza, descubra e libere o espírito que está dentro de sua alma e, dessa forma, se una a Deus.A não-santidade se manifesta quando permitimos qualquer rebelião ou auto-afirmação de qualquer parte de nosso ser contra aquela totalidade que só nos é permitida por intermédio da união com Deus. Por exemplo, há a não-santidade da sensualidade indulgente, da avareza descontrolada, da inveja, da cólera, da devassidão, do orgulho e ambição mundanos. Mesmo a sensualidade negativa da doença pode constituir-se em ausência de santidade (profanidade) se permitimos que a mente se atenha aos sofrimentos do corpo mais do que absolutamente necessário ou inevitável. No plano do intelecto, há a tola profanidade das desatenções e a forte falta de santidade da curiosidade sobre coisas a respeito das quais não temos qualquer poder de ação construtiva ou terapêutica.Do nosso estado natural de imperfeição até a saúde e perfeição espirituais, não existe qualquer atalho mágico. O caminho para a santidade é trabalhos e longo. Ele se desenvolve por meio da vigilância e de prece, mediante contínua defesa do coração, da mente, da vontade e da língua, bem como pela atenção unidirecionada para Deus.

GRAÇA – As graças são dádivas de auxílio concedidas por Deus a cada um de nós, a fim de que possamos ser assistidos para alcançar nosso objetivo e propósito: o conhecimento unitivo da realidade divina. Tais auxílios são muito raramente tão extraordinários que imediatamente nos conscientizamos de sua verdadeira natureza provinda de Deus. Na grande maioria dos casos, elas são tecidas tão imperceptivelmente na textura da vida comum que não as identificamos como graças, a não ser e até que acolhamos devidamente, recebendo, assim, os benefícios materiais, morais ou espirituais que elas nos trazem. Se não as acolhemos apropriadamente, não recebemos qualquer benefício e permanecemos ignorantes de sua natureza ou mesmo de sua existência. A graça é sempre suficiente, desde que estejamos prontos a cooperar com ela. Se falhamos em fazer nossa parte, preferindo confiar em nossa obstinação e intuição, não recebemos qualquer ajuda das graças que nos são concedidas e, na verdade, impedimos que novas graças nos sejam concedidas. Quando exercida com persistência, a obstinação cria um universo particular impenetravelmente emparedado para a luz da realidade espiritual; e, dentro desses universos particulares, o obstinado prossegue em seu caminho, desamparado e hesitante, de acidente em acidente ou de maldade em maldade. É sobre isso que fala são Francisco de Sales ao dizer que “ Deus não te privou da operação do Seu Amor, mas tu privaste o Seu Amor de tua cooperação. Deus nunca teria te rejeitado se tu não O tivesses rejeitado”.A orientação quanto à clara e constante consciência do divino só é revelada àqueles que estão muito avançados na vida espiritual. Nos estágios iniciais temos que trabalhar não pela percepção direta das sucessivas graças de Deus, mas pela fé em sua existência. Temos que aceitar como hipótese de trabalho que os acontecimentos de nossas vidas não são meramente fortuitos, mas testes deliberados de inteligência e caráter, ocasiões especialmente tramadas( se adequadamente usadas) para o crescimento espiritual. Agindo de acordo com essa hipótese de trabalho, não trataremos nenhuma ocorrência com intrinsecamente sem importância. Nunca daremos uma resposta sem fundamento ou que seja mera expressão automática de nossa obstinação, mas sempre nos daremos tempo antes de agir ou falar, para considerar qual comportamento estaria mais de acordo com a vontade de Deus, qual seria mais caridoso, mais adequado para alcançar nossos objetivo final. Quando tal atitude se torna nossa resposta habitual aos eventos, que pelo menos algumas dessas ocorrências seriam graças divinas disfarçadas algumas vezes em trivialidades, inconveniências ou mesmo sofrimentos e acusações. Mas se não conseguirmos trabalhar com a hipótese de que a Graça de fato existe, essa Graça será, com efeito, inexistente no que nos disser respeito. Provaremos, por uma via de casualidades, na melhor das hipóteses, ou, na pior delas, a maldade absoluta, que Deus não auxilia os seres humanos, a não ser que eles próprios autorizem.



ALEGRIA – Paz, amor, alegria – de acordo com São Paulo, esses são os três frutos do espírito. Correspondem muito intimamente, aos três atributos essenciais de Deus, como resumidos na fórmula indiana sat, chit, ananda – existência, conhecimento e bem-aventurança. A paz é a manifestação do ser unificado. O amor é a exteriorização do conhecimento divino. E a bem-aventurança, o correspondente à perfeição, é idêntica à alegria.Como a paz, a alegria não é somente fruto do espírito, mas, também, sua raiz. Se quisermos conhecer Deus, devemos fazer tudo para cultivar o equivalente mínimo da alegria que nos é possível sentir e expressar.“Preguiça” é a tradução comum de acedia, que se situa entre os sete pecados mortais da nossa tradição ocidental. É tradução inadequada, pois acedia é mais do que preguiça; significando também depressão e autocomiseração, bem como aquela profunda exaustão do mundo que faz com que fiquemos, nas palavras de Dante, “tristes no doce ar que se regozija ao sol”. Lamentar-se, resmungar, sentir pena de si mesmo, desesperar-se – essas são manifestações da nossa vontade e de rebelião contra a vontade de Deus. E aquele especial e característico desestímulo que experimentamos devido à lentidão de nosso avanço espiritual – que mais é do que um sintoma de nossa vaidade ferida, um tributo pago à alta opinião que temos de nossos próprios méritos?Estamos contentes quando as circunstâncias são depressivas ou quando somos tentados a cair em autocomiseração, é uma verdadeira mortificação – mortificação muito valiosa por ser tão imperceptível, tão difícil de ser identificada. Austeridades físicas, mesmo as mais suaves, dificilmente podem ser praticadas sem atrais a atenção dos outros; e, por despertar a atenção, aqueles que a praticam são sempre tentados a se envaidecer de seu desprendimento. Contudo, tais mortificações, como abstenção de conversas inúteis, da curiosidade imoral acerca de coisas que não nos dizem respeito e, acima de tudo, da depressão e da autocomiseração, podem ser praticadas sem que ninguém se dê conta. Estarmos sempre alegres pode custar-nos mais esforço do que, por exemplo, sermos constantemente moderados. Embora as pessoas, em geral, nos admirem por refrearmos nossas necessidades de atividades físicas, elas provavelmente atribuirão nossa alegria à nossa boa digestão ou a uma insensibilidade inata. Das raízes de tal segredo e do desprezo de auto-rejeições, surge a árvore cujos frutos são a paz que transmite toda compreensão, o amor de Deus e de todas criaturas pela graça divina, e a alegria da perfeição, da bem-aventurança de eterna e infinita realização

(Aldous Huxley – autor de “O Admirável Mundo Novo)








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30/05/2009

JUNG: AS CINCO ETAPAS DA CONSCIÊNCIA





A primeira etapa é caracterizada pela participation mystique (termo tomado do antropólogo francês Lévy-Bruhl). Refere-se a identificação entre a consciência do indivíduo e seu mundo circundante. Ex: Quando o carro tem algum problema, o proprietário fica doente, ou tem dores no estômago. Isso acontece por estarmos vinculados inconscientemente ao mundo que nos cerca. Neste sentido, a primeira etapa da consciência é equivalente á última etapa; a unificação com o TODO. O mundo de um bebê é extremamente unificado. Ele considera que a mãe é parte integrante dele, que não há limites entre ele e um móbile acima do berço. Chamamos a isso de projeção. A maioria das pessoas estão vinculadas às suas famílias, e há identificação quando o filho ou o marido acha que é dono da mulher.

Na segunda etapa, já é possível perceber os limites, a diferenciação sujeito/objeto eu/você. Mas isso não significa que a projeção foi superada, apenas passou a ser mais localizada. Note que as etapas não são exatamente superadas, mas interpoladas. É por isso que um adulto possa ter a mesma identificação com a esposa ("ela é minha") que tinha com a mãe, quando bebê. Mãe, brinquedos favoritos, objetos brilhantes... pessoas especiais são escolhidas e distinguidas. Os pais passam a ser objeto de adoração, e representam a onipotência e oniciênscia. Jung chamou a isso de projeções arquétipicas: "Papai é super forte, e pode fazer qualquer coisa! Mamãe me ama incondicionalmente!". A chocante revelação de que os próprios pais não sabem de tudo ocorre na adolescência, e então, durante um certo tempo, os pais estão "completamente por fora" (outro tipo de projeção). Também projetamos em irmãos (daí a rivalidade) e professores.

Na terceira etapa a pessoa se dá conta que os portadores das suas projeções específicas não correspondem a essas projeções. As pessoas ficam desidealizadas, e o mundo perde muito do seu primitivo encanto. O conteúdo psíquico projetado torna-se abstrato, e manifesta-se através de símbolos e ideologias. O jovem entra pra uma banda, vira rebelde sem causa, usa drogas, manda toda a "sociedade" pra PQP, ou então vira um místico ou religioso. Nesse caso, a onisciência e onipotência, antes atribuídas aos pais ou professores, são projetadas em entidades abstratas, como Deus, Destino, Anjos, Verdade ou Bob Marley. Filosofia e Teologia tornam-se possíveis. A Lei, ou a Revelação, passam a estar investidos de projeções arquétipicas, deixando o mundo concreto como algo neutro. A pessoa passa a não temer inimigos, pois quem está no controle é Deus, ou acha que pode manipular e assumir o controle do mundo racionalmente, porque ele obedece às leis da natureza. A empatia com as pessoas tende a diminuir, por não interessar o sofrimento de fulano com sicrano, mas sim as idéias vigentes para o bem comum. Ex: Uma pessoa faz uma coisa ecologicamente certa, não porque lhe doa no íntimo assistir à destruição do mundo natural, mas sim porque é o correto social e moralmente pra solucionar os problemas do mundo. Enquanto uma pessoa achar que Deus vai premiá-la ou puni-la, ela está na etapa 3 do nível da consciência.

A quarta fase representa a extinção total das projeções, mesmo na forma de abstrações teológicas ou ideológicas. Essa extinção leva à criação de um "centro vazio" que Jung identifica com a modernidade. O sentimento de alma - antes grandioso, no sentido e propósito da Vida, de um "Deus íntimo" - é substituído por valores utilitários e pragmáticos (os demônios estão convertidos em sintomas psicológicos e desequilíbrios químicos cerebrais). O indivíduo contenta-se com breves momentos de prazer, ou entra em depressão por querer sempre mais. Nesta quarta etapa da consciência, natureza e história são vistas como o produto do acaso e do jogo aleatório de forças impessoais. Parece como se as projeções psíquicas tivessem desaparecido completamente, quando na verdade o próprio ego é que foi investido com os conteúdos previamente projetados em outros, em objetos e abstrações. Assim, o ego está radicalmente inflado na pessoa moderna e assume uma posição secreta de Deus Onipotente. Embora a pessoa moderna pareça ser razoável e estar assentada em bases firmes, na realidade está louca. Mas isso está escondido, uma espécie de segredo guardado até da própria pessoa.

Jung acreditava que essa quarta etapa era extremamente perigosa pela razão óbvia de que o ego inflado é incapaz de adaptar-se muito bem ao meio ambiente e, por isso mesmo, é passível de cometer catastróficos erros de julgamento. Embora isso seja um avanço da consciência num sentido pessoal ou mesmo cultural, é perigoso por causa do seu potencial para a megalomania. A pessoa da Etapa 4 já não é controlada por convenções sociais relacionadas, seja com pessoas, seja com valores. Por isso o ego pode considerar possibilidades ilimitadas de ação. Isso não significa que todas as pessoas modernas sejam sociopatas, mas as portas para tal estão bem abertas... Nem todo mundo chega à etapa 4. De fato, muitas pessoas não podem suportar suas exigências. Outras consideram-na maléfica. Os fundamentalismos do mundo insistem em manter-se aferrados às etapas 2 e 3, por temerem os efeitos corrosivos da etapa 4 e o desespero e vazio que ela engendra. Mas é uma verdadeira façanha psicológica quando as projeções têm de ser removidas a esse ponto e os indivíduos assumem responsabilidade pessoal por seus destinos. A armadilha é que a psique passa a estar escondida na sombra do ego. Mas tudo é evolução, e essas etapas são necessárias para o desenvolvimento da consciência. A pessoa que chegou na etapa 4 sem cair numa inflação megalomaníaca passa, na avaliação de Jung, por uma notável transformação.

Na quinta etapa temos a reunificação de consciente e inconsciente. Há um reconhecimento consciente da limitação do ego e uma clara percepção dos poderes do inconsciente; e torna-se possível uma forma de união entre consciente e inconsciente através do que Jung chamou a função transcendente e o símbolo unificador. A psique unifica-se mas, ao invés da etapa 1, as partes permanecem diferenciadas e contidas na consciência. E, ao contrário da etapa 4, o ego não é identificado com os arquétipos: as imagens arquétipicas continuam sendo o "outro", não estão escondidas na sombra do ego. São vistas agora como "aí dentro", ao invés da etapa 3, onde estão "lá fora" (em algum lugar no espaço metafísico), e não são mais projetadas em algo externo. Oficialmente, Jung deteve-se na etapa 5, embora em numerosos lugares indique que considerou a realização de novos avanços para além dela. Há sugestões em seus escritos para o que poderia ser considerado uma sexta e talvez até uma sétima etapa. Por exemplo, no seu Seminário de Ioga Kundalini, realizado em 1932, Jung reconhece claramente a realização de estados de consciência no Oriente que superam amplamente o que é conhecido no Ocidente, e que poderia ser considerado uma etapa 7 potencial.


Fonte: Carl Gustav Jung e o mapa da alma, de Murray Stein.



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Weeds and Seeds



Limpemos as ervas daninhas de nossos corações antes de começarmos
a limpar as ervas daninhas da Terra. Quando nossa flora estiver livre,
os ventos poderão levar as boas sementes ajudando a enriquecer outros
jardins de almas diversas; e no momento em que a maioria de nós
tiver aprendido a cultivar um belo jardim na alma, nossa vida
na Terra espelhará a beleza destes jardins.

(Bruce A. Mc Mahon & Susie Sun)
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27/05/2009


Motivos para não beber


Beber prejudica seu fígado
Destrói pouco a pouco os seus neurônios.
Te faz inchar.
Mulheres não gostam de homens que bebem.
Seu dinheiro some.
Você perde objetos de valor nas noitadas.
Você é mal-visto,e as pessoas perdem
a confiança até no seu trabalho.
Beber causa morte no transito.
Prejudica sua vida sexual.
Seus amigos te acham um chato.
Sua pele fica de uma cor estranha
e vc sua com um cheiro mais forte.

Ninguém acredita no que um bêbado fala.
Sua família sofre e se afasta de vc.
Quando vc bebe demais sua voz fica feia
e enrolada, e vc nem nota.
No meio de uma conversa vc esquece
aquilo que sabe tanto.Começa a ser desprezado
por amigosque realmente gostam de vc.


Não acredite naquele amigo que bebe com vc
e que te dá a maior força para vc continuar bebendo.
Seus problemas não desaparecerão ao beber.
Ao contrário ficarão maiores durante a ressaca.
A bebida te tirará o animo de esportes.


A bebida te trará solidão.
Não é na mesa de um bar que a beleza da vida está.
E sim, dentro de vc e num ambiente de amor.
A bebida faz parecer que vc é aceito pelos amigos
que também bebem.Não.
Vc é aceito, por beber com eles, visto que a maioria
dos bêbados não gostam de beber sozinhos.

Quem bebe esquece a família.
Esquece o amor.
Esquece a natureza e suas maravilhas.
Não acredite nas amizades e grandes abraços
pela noite adentro.Eles não te ajudarão
quando vc precisar.

A bebida pode te dar raiva.
A bebida pode torná-lo injusto.
A bebida pode fazê-lo agredir alguém.
A bebida pode matar vc.


A bebida dá a sensação de que vc é o rei do mundo
e te dar toda a coragem de um leão, e a bebida fará
vc sentir uma raiva imensa do mundo.

A bebida fará vc soltar palavras
infames aos que mais vc ama.
A bebida te destruirá.
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****
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Antes de sair , olhe-se no espelho:Vc é lindo! Cheio de vida!

Embriague-secom o romance, os bons papos, com o luar...

Com a deliciosa magia de viver...

Cuide de vc.Ame-se.

Beije!Sonhe!Sorria!

Ninguém nasceu para beber.

Viva o dia a dia sóbrio.

Sinta os problemas , os conflitos, enfrente-os,

ou peça ajuda, grite!

Sofra, aprenda, mas não fuja através do álcool.

Não morra!Não há vantagem nenhuma em beber demais.

Se não sabe beber aproveitando o sabor,

curtindo um bom vinho antes de um jantar. Então não beba!

Corra!

Dance!

Durma!

Procure as boas amizades de infância.
Procure a família.

Um cachorro,

um filme
viajar
correr o mundo

aventurar-se

Tudo!Mas por Deus não pule dentro de um copo.
Não há nada, nem ninguém lá.


(Silsaboia)



Demência por Abuso de Álcool pode virar Epidemia

da Efe, em Londres

Os abusos do álcool, aos quais milhares de britânicos se entregam semanalmente, podem gerar uma "silenciosa epidemia de demência", alertam dois especialistas em um estudo publicado no periódico "The British Journal of Psychiatry".


A pesquisa dos psiquiatras Dusham Gupta e James Warner indica que o consumo excessivo de álcool pode causar a perda de tecido cerebral, o que, com o tempo, prejudicaria as faculdades mentais dessas pessoas.


O álcool é considerado responsável por aproximadamente 10% de todos os casos de demência, e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas aumenta a incidência da doença.


"Dados os efeitos neurotóxicos do álcool e o aumento inexorável de seu consumo, futuras gerações poderão ver um aumento desproporcional dos casos de demência relacionada ao álcool", destacaram Gupta e Warner em seu trabalho.


Embora o consumo moderado de álcool possa ter efeitos positivos, seu abuso é muito nocivo, já que eleva a pressão sangüínea, aumenta o nível de gorduras nocivas no sangue e danifica o tecido cerebral, acrescentaram ambos os psiquiatras em seu artigo.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u462973.shtml



Santo Graal




25/05/2009

22/05/2009

06/05/2009

Papa Beaaaarrr Heeelllppppp! rs

The Impossible Dream

O Sonho Impossível
Composição : Leigh/Darion

Sonhar com ... o sonho impossível
Lutar ... o inimigo imbatível
Suportar ... com a tristeza insuportável
Correr ... onde os valentes não ousam ir
Corrigir ... o incorrigível erro
Amar ... puro e casto mesmo à distância
Tentar ... até quando os seus braços estão muito fatigados
Alcançar ... a estrela inalcançável

Esta é a minha busca, seguir aquela estrela
Não importa se desesperançado, não importa a que distância
Lutar pelo certo, sem perguntas ou pausa
Estar disposto a marchar no Inferno, por uma causa Celeste

E eu sei que sendo verdadeiro, a esta busca gloriosa,
Meu coração estará pacífico e calmo,
Quando eu partir para o meu descanso...

E o mundo será melhor por isto:
Que um homem, desprezado e coberto por cicatrizes,
Ainda se esforçou, com a sua última grama de coragem,
Alcançar ... a estrela inalcançável

(Tradução livre da música “The Impossible Dream”
por Susie Sun)

By Susie Sun - Photoshop Work & Photos

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ZEITGEIST : ACORDE!

ver em tela ampliada clike no quadrado no menu abaixo do filme ou no google: Link : ZEITGEIST LEGENDADO Para quem está percebendo que o sistema como se encontra não é mais adequado e para os que desejam despertar ou estão despertando, este filme é uma excelente luz inicial para uma diferente direção (LEGENDADO EM PORTUGUÊS).

Buddha Bar - Rumi Poem by Deepak Chopra and Demi Moore

Fractal Soul (Susie Sun) - Voice by Bruce A. Mc Mahon

MINHA ALMA FRACTAL - Susie Sun

UNIVERSOS PARALELOS - Emocionante filme científico - BBC

ZEITGEIST


Filme Imperdível! Básico pra quem se considera "pensante" e está insatisfeito com a posição de simples gado, tem solução sim!(legendado em Porutuguês)



Endereço do site (na entrada, no menu inferior você pode escolher o idioma que deseja ler). Clique no link abaixo ou copie na barra de seu navegador:
http://www.thezeitgeistmovement.com/

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Às portas de uma nova percepção - O PONTO DE MUTAÇÃO

VERDADE, ILUSÃO OU MENTIRA ?


A Desert Rose

Desert Roses

Desert Roses
http://www.youtube.com/watch?v=WVuY9u-G26k